sábado, 15 de dezembro de 2012

Cabernet Sauvignon Espanhol Sim Senhor! Mas La Plana 2005


   A família Torres, produtora deste cabernet sauvignon em comento, dedica-se à viticultura desde o século XVII.

No ano de 1870 inaugurou sua própria empresa. Cem anos depois, curiosamente, foi engarrafado o Mas La Plana safra 1970, o qual venceu a Olimpíada de Vinhos de Paris, desbancando, numa degustações as cegas, nada menos que o grande Chateau Latour. A partir daí, sua qualidade vem sendo enaltecida e premiada pela crítica especializada. 
Passando agora para análise sensorial do Mas La Plana Cabernet Sauvignon 2005, detectamos o seguinte:
Em sua coloração, vermelho rubi escuro e intenso. Ao checarmos o Halo de evolução, notamos que embora sua safra seja 2005, o mesmo transmitia juventude plena, indicando que teria muitos anos de vida.
No nariz, explosão de frutas pretas em compota, com leve toque licoroso de cassis, especiarias - pimenta preta e uma pontinha de madeira fresca ao fundo. Em boca, é surpreendente. Robusto, concentrado, carnudo e muito equilibrado, que embora no nariz sua carga de frutas seja bem evidente, gustativamente encontra-se muito balanceada. Acidez e taninos presentes mas totalmente afinados. Levemente balsâmico também.
Nota-se, ao final,que pela sua estrutura o torna um vinho extremamente longevo. Grande vinho! 
Saúde!   



Ficha:
Vinho: Mas La Plana 2005
Casta: Cabernet Sauvignon 100%
Região: Penédes - Espanha
Produtor: Miguel Torres
Graduação Alcoólica: 14%
Amadurecimento: 18 meses em carvalho francês
Preço médio: R$ 220,00 a R$ 250,00

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Produtor honesto na acepção do termo




    Os rótulos dos vinhos sempre despertaram curiosidade.
   Alguns produtores se preocupam em nos dar informações quase que completa a respeito do líquido de Baco que mandam para as garrafas. Outros nem tanto. Mas no presente caso, honestamente, algumas informações vão bem além do que se costuma ver por aí.
   Um produtor chamado Randal Graham, proprietário da Bonny Doon Vineyard, listou, de forma ousada, todos os ingredientes que entravam no vinho que produz. Os ingredientes em comento dizem respeito à uvas, até a possível correção da acidez pelo acréscimo de ácido tartárico. Ousadamente, ele também informa o uso de lascas de madeira (chip) em seus rótulos.
  Muitos vinhos, cujos preços são relativamente baixos, são manipulados corretivamente por seus produtores e denotam outra realidade em seus rótulos. Exemplo: Armazenamento em barrica de carvalho por 4 meses. Não generalizemos, claro, mas é sabido o quanto é alto o custo para que o vinho tenha armazenamento em barricas de carvalho, seja ela americana ou francesa, de primeiro ou segundo uso.   
     De alguma forma a transparência de Randal merece créditos, pois no presente caso não estaremos diante de uma “boa” mentira.
     Saúde!


Bela Rapariga!

                               Rapariga da Quinta Branco 2011


        A homenagem de hoje vai para um vinho branco, o Rapariga da Quinta 2011. O enólogo responsável por este grande achado é o renomado Luís Duarte, eleito em duas oportunidades, pela Revista de Vinhos, como enólogo do ano (1997 e 2007). Está, também, a frente dos excelentes vinhos da vinícola Herdade dos Grous.
Elaborado com as uvas Antão Vaz e Arinto, O Raparigada da Quinta Branco 2011 apresentou as seguintes características:
Coloração amarelo claro com tons esverdeados. No nariz reputa-se frutas tropicais, como abacaxi, maçã verde e pêssego. No palato é surpreendente. Saboroso, de ótima estrutura, acidez balanceada e álcool bem integrado. Persistência invejável em relação a vinhos da mesma faixa de preço(R$ 37,00 a R$ 40,00). Muito recomendado.  
 Este vinho, está no Top 100 Best Buy de 2011, o que é perfeitamente louvável.
Saúde!

sábado, 6 de outubro de 2012

Uma das Estrelas de Ribera del Duero

Protos Gran Reserva 2004


O vinho eleito para a publicação de hoje é um grande exemplar da casta Tempranillo. Da região de Ribera Del Duero, na Espanha,  o Protos Gran Reserva 2004, provém de vinhedos de 60 anos de idade e estagiou nada menos que 24 meses em barricas de carvalho americano, mais 36 meses em garrafas antes de ser comercializado.

Em sua prova,  aberto após uma hora, apresentou as seguintes características:
Coloração vermelho ruby intenso com bordas levemente atijoladas
Notas de fruta vermelhas bem maduras passando para um leve toque licoroso, especiarias finas, café torrado, e ao fundo uma pitada terrosa. Apresentou, também, nuances defumadas. Em boca, mostrou-se fino e elegante, mas com taninos bem evidentes.  Madeira e álcool (14,5%) muito bem integrados.  Ótima concentração e sem exageros no quesito fruta. Excelente vinho que comportaria mais alguns anos em garrafa tranquilamente. Harmonizado perfeitamente com uma maminha na brasa. Saúde!